Mais conhecido no Brasil como redução
ao valor recuperável de ativos, se consiste em reduzir os ativos ao valor que
eles possam ser recuperáveis, um exemplo clássico de uma perda é própria
desvalorização do valor de mercado de um maquinário essencial para atividade da
empresa.
Quando uma organização apresenta
indicadores de perda em seus ativos ou este, estão registrados por um valor
superior ao valor recuperável, essas perdas devem ser reconhecidas nas
demonstrações contábeis.
Segundo o CPC 01 O objetivo do
Impairment é definir procedimentos visando a assegurar que os ativos não
estejam registrados contabilmente por um valor superior àquele passível de ser
recuperado por uso ou por venda. Caso
existam evidências claras de que ativos estão avaliados por valor não
recuperável no futuro, a entidade deverá imediatamente reconhecer a
desvalorização por meio da constituição de provisão para perdas.
Sabemos que o objetivo das
demonstrações contábeis é fornecer informações sobre a posição patrimonial e
financeira da entidade, esta informação deve ser confiável e deve representar
adequadamente as transações e outros eventos que ela diz representar. Nesse
ponto nasce a importância de testar a recuperabilidade de ativos, pois efeitos
externos e internos podem comprometer drasticamente as demonstrações contábeis.
“O entendimento do negocio da empresa
é fundamental para determinação da
da unidade geradora de caixa”
Para testar a recuperabilidade de ativo desvalorizado é preciso primeiramente identificar a unidade geradora de caixa, ou seja, o menor grupo identificável de ativos que geram entradas de caixa exemplo “um taxi de uma frota” em seguida verificar se há alguma indicação de desvalorização através das fontes externas e internas caso existam evidências claras e objetivas de que ativos estejam avaliados por valor não recuperável no futuro, a entidade deverá imediatamente reconhecer uma redução por meio da constituição de uma estimativa de perdas.
Para ilustrar um teste de
recuperabilidade vamos utilizar o exemplo abaixo
Empresa:
Alfa
Unidade
geradora de caixa Veiculo taxi
Causa: durante o período, o valor de
mercado do ativo diminuiu sensivelmente.
Fonte externa: Mercado ativo
DESCRIÇÃO |
NOTA
|
VALOR
|
Ativo imobilizado
|
1
|
45.000,00
|
Valor Residual
|
2
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20.000,00
|
Base para depreciação
|
3
|
45.000,00
|
Depreciação
|
4
|
18.000,00
|
Valor Contábil liquido
|
5
|
27.000,00
|
Valor liquido de vendas
|
6
|
28.000,00
|
Valor em uso
|
7
|
24.000,00
|
Valor recuperável: maior
|
8
|
28.000,00
|
Perda por desvalorização
|
9
|
1.000,00
|
Lançamento
D- Despesa com desvalorização de
ativos
C- Provisão para perda com
desvalorização de ativo 1.000,00
Notas
1
– ATIVO IMOBILIZADO - UNIDADE GERADORA DE CAIXA
O Ativo Imobilizado é
formado pelo conjunto de bens e direitos necessários à manutenção das
atividades da empresa, caracterizados por apresentar-se na forma tangível
(edifícios, máquinas, etc.). Já quando é identificado como unidade geradora de
caixa ele representa o
menor grupo identificável de ativos que gera as entradas de caixa, que são em
grande parte independentes das entradas de caixa de outros ativos ou de grupos
de ativos.
2 – VALOR RESIDUAL
É o valor estimado que uma entidade
obteria pela venda do ativo, após deduzir as despesas estimadas de venda, caso
o ativo já tivesse a idade e a condição esperadas para o fim de sua vida útil.
3 – DEPRECIAÇÃO
É a alocação sistemática do valor
depreciável, amortizável e exaurível de ativos durante sua vida útil.
4 – VALOR LIQUIDO CONTÁBIL
É valor pelo qual um ativo esta
reconhecido no balanço após a dedução de toda respectiva depreciação,
amortização ou exaustão acumulada e provisão para perdas
5 – VALOR LIQUIDO DE VENDAS
É o valor a ser obtido pela venda de
um ativo ou de uma unidade geradora de caixa em transações em bases
comutativas, entre partes conhecedoras e interessadas, menos as despesas
estimadas de venda.
6 – VALOR EM USO
É o valor presente de fluxos de caixa futuros estimados,
que devem resultar do uso de
um ativo ou de uma unidade geradora de
caixa.
7
– VALOR RECUPERÁVEL
É
o maior valor entre o valor líquido de venda de um ativo e seu valor em uso.
8 – PERDA POR DESVALORIZAÇÃO
É
o valor pelo qual o valor contábil de um ativo ou de uma unidade
geradora de caixa excede seu valor recuperável.
Após o reconhecimento de uma perda por
desvalorização, a despesa de depreciação, amortização ou exaustão do ativo deve
ser ajustada em períodos futuros para alocar o valor contábil revisado do
ativo, menos seu valor residual, se houver, em uma base sistemática sobre sua
vida útil remanescente.